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domingo, 30 de junho de 2013

Maresia

Em algum ponto dos dois últimos anos, não sei precisar muito bem quando, eu me perdi. Como quando  uma ventania que te carrega pra todos os lados. Essa minha ventania, me fez perder até quando me recordo. Hoje eu sei disso. Sei lá, eu só sei que perdi. Perdi o viço do sorriso e hoje ele é meio irreal. Crio e cultivo uma couraça esfarelenta todos os dias na porrada cotidiana. 

A onda veio, levou quase tudo embora e eu fiquei com a maresia salgada. Fiquei lá na beirada do rio olhando a água turva sem reconhecer nada mais do que um marrom alagado. Sem bossa. Sem novas. 

Não faz sentido. 

Não, a vida não pode ser tão ordinária assim, tão macilenta assim, pensei um belo dia. Faz tempo também e eu mesma não acreditei por muito tempo nas minhas palavras. 

"Mas o que eu sei é que ninguém nunca teve mais.
Mais do que eu". 

Coitada da menina que cai no canto de ossanha. Acho que eu cai. Na maresia ela me chamou e eu fui naquela conversa de esquecer a tristeza de um amor, de ir e sofrer e morrer e viver. 

Ficou só a espuma. 

Aqui, aqui e aqui


4 comentários:

  1. belo texto. traduzindo sentimentos em imagens. gostei bastante. parabéns!

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  2. valeu meneis. saudades dos seus comentários aqui ^^ volte sempre e beijo!

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  3. Evelise Couto Moraes1 de julho de 2013 às 07:01

    O Poetinha. O meu preferido. Caso de amor mesmo. E de pé na bunda... porque o Vinícius, você sabe...

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  4. hahaha sei sim, Vinicius era um fanfarrão que casou 8 vezes xD beijos eve <3 saudades do Casa de Um!

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Comentários.