Há quase um mês topei um desafio maluco de ter dois empregos. Ok, eu tinha, porém um deles (a minha colaboração com uma revista) era totalmente em casa, via e-mail. Não havia expediente por lá, e esse frila, onde eu aprendi um montão de coisas (que inclusive me embasaram para escrever cultura hoje), precisei encerrar em maio.
É estranho como as coisas mudam rápido e o tempo todo.
Seu Alê (diretor do jornal) faleceu, muita coisa mudou, novas diretrizes, novos tratados. E percebi que eu precisava de mais alguma coisa. Aceitei uma proposta e de repente eu estava saindo de casa às sete da manhã e voltando às oito e meia da noite. Tudo isso em um esquema non-stop.
Engulo a comida, engulo o café, dirijo com pressa e tudo isso para fazer meu melhor nos dois empregos. Minha rotina ficou mais pesada do que já era (e já não era muito fácil, quem trabalha em redação de diário sabe) de um jeito exaustivo, porém que vai me permitir coisas ao mesmo tempo materiais e não materiais.
Esses dias um menino me chamou de maluca por ter decidido fazer isso. "Você consegue escrever fora dos empregos?", ainda não, porque ainda estou me adaptando. Um emprego é como repórter. O outro como assessora de imprensa. Eu estou em dois lados opostos, porém, tento levar tudo de um jeito ético e transparente.
E tudo isso vai além do 'preciso pagar as conta'. Muito além.
Aos poucos, depois do turbilhão e de aceitar que, sim, talvez eu seja workaholic, e sim, talvez eu compense mil aspectos frustrantes da minha atual condição em cima do trabalho, estou bem contente, lutando e incansável. E aos poucos retomarei o blog, a fanpage, os contos, os escritos.
Mas por enquanto não vou falar muito disso, quero falar do Rolê Gourmet.
Um dia, depois de trabalhar feito uma doida durante seis dias, falei pra alguns amigos: "Venham em casa, vou fazer um risoto". E todos vieram, todo mundo, e eu fiz, e as pessoas comiam e sorriam, e não deu para quem quis, faltou risoto. Sobraram sorrisos e elogios. Fiz questão de registrar tudo e fazia muito tempo que eu não me sentia tão bem.
Alguns dias depois fiz uma comida para a minha irmã. E depois para dois amigos muito especiais, e todo mundo se esbalda e sai daqui com um brilho nos olhos que não sei nem explicar.
Nunca tinha pensado em como a comida podia aproximar as pessoas.
Desde então isso é um projeto. Volta e meia vou cozinhar para pessoas queridas. E enquanto eles deixarem minha casa de barriga cheia e sorriso no rosto, eu vou continuar lutando, todos os dias, e sempre com mais força do que antes.
Bon appetit! :)
xD
ResponderExcluirhahaha <3
ResponderExcluirCada um num ritmo né! Correndo, cozinhando, procurando, caminhando, etc. O importante é sentir-se realizada :]
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