Primeiro tema: solidão. Assunto recorrente no cinema, afinal, não tá facio pra ninguém!!!1 Mas vai por mim, esses filmes abaixo são muito bons, e ultrapassam essa temática deveras intrigante. Então pegue a pipoca e o cobertor de orelha (e a caixa de lenço pra possíveis lágrimas gaiatas).
1. My Blueberry Nights (pt. Um Beijo Roubado).
Quer um filme impecável, de personagens interessantes e tão solitários que dói no fundo da alma? O filme de Wong Kar Wei, de 2007, é ótimo em todos os aspectos. Atores famosos, e uma trilha sonora de fazer chorar, toda elaborada pela rainha indie da fossa, Cat Power.
Na história, Norah Jones (que também colabora brilhantemente com a trilha, tornando o nível de fossa ainda maior) interpreta Elisabeth, uma moça que acaba de terminar o relacionamento de forma traumática (quem nunca) e passa as noites na cafeteria de Jeremy (Jude Law/queria 1), onde pede sempre torta de blueberry e fala sobre o desenrolar solitário e triste de sua história com o cara sacana que nem aparece e mora ali na esquina. Até que ela decide viajar sozinha pra ver se mata a solidão-de-meu-deus, e nas palavras da personagem, “decidi atravessar a rua, mas tomei o caminho mais longo”.
Na história, Norah Jones (que também colabora brilhantemente com a trilha, tornando o nível de fossa ainda maior) interpreta Elisabeth, uma moça que acaba de terminar o relacionamento de forma traumática (quem nunca) e passa as noites na cafeteria de Jeremy (Jude Law/queria 1), onde pede sempre torta de blueberry e fala sobre o desenrolar solitário e triste de sua história com o cara sacana que nem aparece e mora ali na esquina. Até que ela decide viajar sozinha pra ver se mata a solidão-de-meu-deus, e nas palavras da personagem, “decidi atravessar a rua, mas tomei o caminho mais longo”.
Porque assistir: Tem o Jude Law, tem a Rachel Weisz, e tem a Natalie Portman! ah, e a fotografia é muito, muito interessante. O filme é cheio de grandes frases de efeito e a personagem da Norah Jones é um show à parte. Além de tudo, a distribuição de cenas e ordem de acontecimentos é muito bacana, da própria solidão de Jeremy e de Elisabeth. É um dos meus filmes favoritos.
2. Le fabuleux destin d'Amélie Poulain (pt. O Fabuloso Destino de Amélie Poulain).
Ah, a vida antes do Instagram! aqueles filtros vintage que o pessoal insiste em colocar nas fotos já era proeminente no filme de Jean Pierre-Jeunet, de 2001, com a linda da Audrey Tautou no papel principal. Acho difícil alguém não ter assistido ainda essa obra prima, mas rever também é uma delícia. No filme, Amélie (Tautou) é uma moça adorável que cresceu sozinha e aprendeu a apreciar a solidão e os pequenos prazeres da vida. Divide a rotina entre trabalhar no café 2 moinhos e observar seus vizinhos. Até que ela encontra uma caixa de lembranças dentro de seu apartamento, e passa a buscar o dono. Se ele se emocionar ao ver o repositório de memórias da infância, ela irá mudar a vida de todos ao redor. O grande questionamento do filme é: mas e a vida da solitária Amélie, quem muda?
Porque assistir: Os motivos são muitos, desde a fotografia linda, as câmeras extremamente artísticas e a atuação bacana dos personagens, como a dona do café 2 moinhos, Madame Suzanne, o homem de vidro e Nino Quincampoix. É um filme sobre a solidão da personagem, que cria um mundo próprio como refúgio. Mas ao mesmo tempo, há de se ter esperança.
3. Uncle Kent (pt. Uncle Kent).
Dirigido pelo cineasta Joe Swanberg, Uncle Kent, de 2011, narra a história de Kent, um ilustrador vivendo em L.A. Tem 40 anos, mora em uma casa tranquila com seu gato, e sua rotina se resume a desenhar, trabalhar, fumar e usar o chatroulette. Em resumo, sua vida é uma monotonia e ele vive o marasmo de ser solteiro e não levar relacionamento nenhum adiante, e procura um número favorável de desculpas pra isso, perpetuando a solidão e vivendo no seu refúgio, sua casa, e a internet. O conflito que ele evita durante todo o começo do filme acontece quando ele recebe sua amiga e jornalista Kate, que se hospeda em sua casa a trabalho.
Porque assistir: Refletir sobre esse filme é pensar na frialdade das relações que se desenrolam em nosso cotidiano atual. Na verdade, é mais fácil conversar pela internet, ser um observador inócuo das interações virtuais, do que se envolver nelas de fato e ao vivo, porque o conflito não está sempre sob controle, e isso é um outro tipo de solidão. Esperar que a moça que criou o conflito, a perturbação emocional, vá embora, e tudo se resolva, você volta pro mundo virtual, assiste o desenrolar da vida das pessoas nas redes sociais, e tranquilo. Nada te afeta, nada te abate. É fácil e indolor. E como Kent nos mostra, é incolor.
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