Correria, turbilhão. Aceitando os freelances que aparecem, dormindo pouco, concentrando no trabalho, eventos, pequenas coisas, louça pra lavar, barulho, dor de cabeça, músculos doloridos, preocupações, tristezas, resoluções imediatas, dinheiro, notícias ruins. Acho que não durmo direito desde meu aniversário.
O que importa é que um dia a gente dorme, e dorme bem, durante uns quatro dias pelo menos. Descansa a alma, reflete, se afoga, transborda, espairece. Ver a brasa flutuante do cigarro na sacada, andar nas linhas do futuro, submeter o corpo a uma meditação tântrica de reflexão e emoção, de contagem regressiva.
Deu um leve estranhamento voltar pra essa cidade, e eu nem vivi nada demais em São Paulo, além do show incrível e das aventuras engraçadas. Vou de novo, com outros objetivos, esse final de semana, tenho concurso no domingo. Concentrar, respirar fundo. Chegar sábado e submergir, me estender sob uma água límpida, pura, maravilhosa, e ficar ali, de molho, um pouco, me despojando de todo o cansaço acumulado desde o dia 31 de março.
Quarta-feira eu volto.